segunda-feira, 9 de junho de 2008

Dia 7: De Buda a Peste

A primeira impressao que eu tive de Budapeste nao me agradou. A confusao no hostel, vim pra um que nao eh la essas coisas. Tudo isso contribuiu negativamente. Mas aqui eu estou sabendo que esse tipo de coisas pode acontecer.

Ontem acordei cedo decidido a ir pro Tour da Heranca Judaica. Comecei na sinagoga daqui. Por fora ela eh mto bonita e expoe motivos otomanos. Eu me senti bem por ter escutado hebraico, apesar de nao entender. Acompanhei um grupo que falava espanhol pq era a primeira turma que ia sair.

La dentro o guia comecou a explicar que essa sinagoga era reformista (ja comecei a nao gostar muito), depois ele comentou sobre os elementos que a compoe, estrelas de oito pontas (da cultura arabe), o Aron haCodesh (onde eh guardada a Torah - velho testamento) eh igual a de uma igreja. A sinagoga tem tambem dois coretos para falar (como nas igrejas) e ainda um orgao de 4.000 tubos, segundo o guia e 5.000 segundo o meu livro.

A sinagoga em si nao gostei mto. A parte historica achei mais interessante. Existe um cemiterio grudado na sinagoga, o que nao eh comum na religiao judaica. Ele foi construido ali para enterrar os judeus mortos pelos alemaes. E na epoca, como a parte da sinagoga estava sob poder sovietico e a parte do cemiterio sob dominio alemao, essa foi a solucao dada.

Espantosas sao as cifras. Naquela ocasiao os judeus na Hungria somavam 800.000, os alemaes mataram 600.000. Atualmente apenas 100.000 judeus habitam a Hungria. Depois dessa parte visitei o museu em cima da sinagoga e pela primeira vez na minha vida vi uma bandeira nazista de verdade e nao me senti nada confortavel quando a vi.

Depois disso comi um Goulasch com massa, mto caro pelo que era. A sorte foi que enquanto eu comia comecou uma chuva torrencial, tive de sair da varanda para a parte de dentro do restaurante, mas isso fez tempo pra chuva passar.

Resolvi ir visitar Buda. La fica o distrito do castelo. Atravessei a ponte chamada Chain Bridge, a que primeiro ligou as duas cidades, e cheguei a Buda. O detalhe aqui eh que existem 4 leoes na ponte, 2 em cada lado de cada lado (ficou estranho isso!). O escultor esqueceu da lingua dos leoes e se matou por isso.

Do la de Buda, ao inves de subir o bondinho ou as escadas, resolvi dar a volta. Que ma ideia. Fui andando, e resolvi passar na Citadela. Um lugar com uma otima vista da cidade. Pra ter boa vista precisa ser alto, e como eu estava andando...

Bom, fui seguindo o mapa, ate a parte de cima, fui por um caminho q embora asfaltado era pelo meio do mato. Comecei a transpirar que nem um cretino, quem me conhece sabe como eh.

Cheguei la em cima, vi o q tinha de ser visto e resolvi descer. Comecou a chover, q lindo, eu a pe e sem agua. E ja eram 16:30. Bom, pra baixo eh mais facil pensei. E fui indo, cortei inclusive caminho.

Finalmente cheguei ao castelo. Na parte de tras onde havia um muro enorme. Eu teria que dar a volta novamente. O dia ! Bom, achei um elevador que cobrava, to fora, sou novo. Depois li um aviso pra tomar cuidado pq as roupas estavam caindo. Era o q me faltava, ser atingido por uma pedra nos fundos do castelo de Budapeste.

Segui caminhando, quando vi uma massa de japoneses, andei na direcao contraria e achei a entrada da cidade. Alias, la em cima eh uma cidade com um mapa so pra la. Resolvi comecar pelo lado do bondinho, outra decisao q me fez andar mais. De la vi o parlamento, mto bonito e um museu com um domo enorme.

Hora de descer. Ja q nao tinha pago nada ate entao, falei, vou descer a pe ! Pra baixo eh facil ! No hostel encontrei com o pessoal do quarto e fomos comprar comida. Comprei um pate de figado de ganso, q esperto, eu nao tinha abridor de lata, nem o albergue.

Fortuitamente encontrei um grupo de brasileiros no albergue e um deles me emprestou o canivete. Todos eram do Rio, estudando arquitetura na PUC mas em intercambio em Portugal. Um brasileiro q tava com eles partiria para a Croacia no dia seguinte. Vou mandar um email pra ele, mas duvido q a programacao dele bata com a minha.

Qdo cheguei no quarto tinha uma menina nova, Noria, de Barcelona. Ela tinha uma prova pra ver se entrava pro grupo do ballet nacional da Hungria. Cada pessoa mais diferente q a outra.

Logo qdo cheguei da tarde fui tomar um mate (chimarrao argentino) com um americano e uma argentina. A mulher falou que precisava de visto pra Croacia e Romenia. Fiquei preocupado e essa sera a primeira coisa a fazer no dia seguinte !

Como estou escrevendo do hostel (a internet eh lenta e eu to qse brigando com o teclado), ponho fotos amanha e conto o dia de hoje, que foi animal !

Levi

4 comentários:

Telma disse...

Ainda bem que não tem foto do goulasch com massa! Agora são quase 22 hs, eu passando a maior fome, por conta da viagem, pras minhas calças entrarem...
bjs

Thiago Fonseca disse...

Ah garoto, você tinha que ter tirado a foto fazendo a mesma pose que a estátua!!! :D

Aproveita e traz a minha camisa de alfabeto cirílico!!!! ahahahah

Anônimo disse...

Turismo sem se matar de andar não é turismo! Anda, boneeeecooo!!!

Anônimo disse...

Faaala,

"...por ter escutado hebraico, apesar de nao entender." - Calma que isso está prestes a mudar, intensivo pra maluco começa em agosto.

"O escultor esqueceu da lingua dos leoes e se matou por isso." - Quando diziam nas aulas que a língua mata, achava que tinha a ver com lashon hará, mas agora entendi.

"tinha uma menina nova, Noria" - o pessoal quer saber, ela dançou? ... digo.. no ballet da hungria? :)

LEC