sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Presídio e Parque Nacional

Ontem de noite resolvemos provar todos os rótulos argentinos de cerveja artesanal que encontrássemos. Provamos um monte delas, algumas muito boas. Fizemos isto depois de jantar, podem ficar tranquilos! Ainda comemos alguns quitutes no bar, tudo sob controle ; )

Acordamos cedo hoje, tínhamos de fazer o check out e entregar nossa mala, já que iam nos mudar de hotel. Aproveitamos a manhã livre para visitar o complexo prisional, já desativado. Boa parte dos países no mundo criaram este tipo de instituição em locais isolados. No Rio fizemos na Ilha Grande, ainda aguardo explicações plausíveis para a escolha do local.

Aqui na Argentina construíram este complexo em Ushuaia, sem antes terem tentado estabelecê-lo na Ilha dos Estados. Tanto lá quanto em Ushuaia as condições eram péssimas, sendo que naquele o vento era inclemente o que levou a mudança da prisão para esta cidade.

Visitamos também uma réplica do chamado Farol do Fim do Mundo, que se localizava na mesma Ilha do Estado. Bem interessante o sistema de sinalização, tendo que levar em conta ventos vindos de todos os lados.

Voltamos para a parte principal da cidade e fomos comer numa casa de frutos do mar. Escolhi a truta à moda da Terra do Fogo, com queijo e tomate. Estava gostosa, pouca espinha. Tinha tempo que não comia truta, logo me lembrei de uma época em que comprávamos truta congelada lá em casa. Meu pai preparava com um molho de mostarda que ele inventou, levava requeijão e mostarda. Fiquei com vontade de comer mais truta.

De tarde fomos com o grupo da excursão ao Parque Nacional. O mais interessante foi aprender sobre os Yamanas, população autóctone que provavelmente chegou às Américas vindo da Ásia, possivelmente da Polinésia ou Micronésia.

O que mais chamou a atenção dos europeus, e também a minha, foi saber que eles viviam sem utilizar vestimenta alguma. Há algumas teorias para isto, uma era que eles haveriam desenvolvido, geração após geração, uma região abdominal maior que reteria mais comida ajudando assim a isolar o frio. A outra citava uma técnica de passar gordura de foca ou leão marinho no corpo, criando uma capa protetora. Outro ponto relevante é que eles sempre tinham uma fogueira perto deles, este fato deu nome à Terra do Fogo. 

O fim do mundo?!
O fato é que os seres humanos conseguem se adaptar a muita coisa, a climas extremos mesmo sem muitos recursos. E basta lembrar disto para saber que podemos nos mover de nossa zona de conforto. 

No Parque Nacional visitamos o posto de correio mais austral da Argentina. Carimbei meu passaporte e mandei um postal para mim mesmo! Os conselhos do Daniel do passado para o Daniel do futuro. Espero não mudar de ideia até lá!

Correio do fim do mundo.
Amanhã o dia deve ser cheio. Temos uma visita ao Canal de Beagle, a ilhas com pinguins e visitaremos a primeira estância estabelecida por essa região.

Data: 08/02/2015


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