domingo, 11 de outubro de 2015

Uma terra de contrastes

Aproveitei o final de semana muito bem. Aqui não de trabalha sábado, sexta as crianças tem aula em meio período e quinta equivale à sexta no Brasil.

Neste clima resolvi ir a um bar na sexta. Fui na região de uma rua chama Rotschild. Ela é uma avenida estilo Boulevard, mas não é tão larga ou reta como se possa imaginar. Mesmo assim é encantadora. A rua transborda de cafés e bares, além de ser um dos endereços mais caros em Tel Aviv.

Desde a minha última estadia aqui, Israel mudou muito. Há muito mais prédios novos, muitos novos bares e restaurantes. O país está sempre em desenvolvimento. Um metrô está sendo construído e a cidade passa pelos problemas tradicionais de se fazer obras no centro de uma metrópole. Esse metrô fará muito bem à cidade, lhe dará maior mobilidade.

Embora muita coisa mude, muita coisa ainda há por mudar. Ainda é notável a quantidade de prédios necessitando de reforma, ou então há de se contornar de alguma maneira a drástica redução de oferta de transporte no Shabat.

Estes são problemas relevantes que parecem caminhar lentamente. Por exemplo, agora há linhas noturnas para atender à incrível demanda que existe em Tel Aviv.

No sábado fui com o Mauricio fazer passeios perto da região de Abu Gosh, no caminho para Jerusalém. Primeiro fomos a um pequeno parque onde ao lado de ruínas da época dos cruzados, há cerca de 900 anos, famílias faziam churrasco. Essa é uma característica muito forte em Israel, de uma maneira geral as pessoas gostam muito de natureza e sempre estão reunidas em família.

Depois da caminhada por este parque fomos a um monte que também estava equipado com ruínas de uma outra fortaleza cruzada. Este local fora palco de uma luta durante a guerra de independência. A conquista deste ponto abriu caminho para a chegada à Jerusalém para auxiliar os judeus que ali foram confinados.

Depois destes passeios ainda fomos visitar uma pequena propriedade onde caprinos eram criados para a produção de queijos. Provamos os queijos e compramos dos tipos. Estes queijos sem conservantes ficam muito gostosos.

O almoço foi num restaurante libanês, frango recheado com arroz, falafel, húmus com carne por cima, uma espécie de salada de tomate com muito caldo. Tudo diferente e muito gostoso.

Depois destes banquete, voltamos para casa e esperamos o Léo ligar porque ainda iríamos sair.

Depois que o Shabat terminou, ou seja, lojas e bares abriram, fomos encontrá-lo.
Paramos num bar na região da Rotschild. Provei algumas cervejas locais. Depois andamos para uma nova região de bares, localizada em frente à sinagoga Central de Tel Aviv. Essa mistura é bem legal em Israel.

O bate-papo prévio ao casamento durou até as três da manhã. Como domingo é dia normal de trabalho, tudo funciona aqui.

De manhã lendo o jornal vi que uma mulher tentou entrar em Israel com explosivos para um possível ataque em Jerusalém. Ela foi interceptada e detonou os explosivos antes. Havia um bebê no carro e ainda não há maiores informações.

Essa nova onda de atentados está assustando a todos aqui. Havia muito tempo que as ameaças eram exclusivamente externas. Uma pequena parte do que acontece aqui bem sendo retratado na mídia geral e parece-me haver um desbalanceamento quando se informa. A quantidade de atentados contra alvos judaicos é bem superior.

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