sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Nova chegada em Israel

Cheguei em Israel anteontem, o voo veio cheio. A fila de aduana foi complicada como sempre, a aversão do israelense à fila começa logo no aeroporto. Atrás de mim um casal que veio de algum país que usa o alfabeto cirílico insistia em não manter distância. Fiquei jogando minha mala para trás.

Passei tranquilo pela aduana, as outras pessoas demoraram mais. A batalha mesmo começou para receber a mala. Ela não chegou em meu voo, a recomendação foi que esperasse o próximo voo. Nada da mala chegar, depois de quase duas horas no aaeroporto o Maurício me buscou.

No rádio escutávamos notícias de diversos atentados que vem acontecendo em Israel. A grande maioria esfaqueamentos. A situação não está tranquila, mas a vida segue normalmente. Após um atentado o governo de esforça para deixar tudo liberado o mais rapidamente possível.

Não há até agora uma tendência que possa ser generalizada. Há ataques em diversas cidades, por pessoas vindas de diversas cidades e sem alvos prediletos. O que se pode dizer é que em sua maioria são ataques feitos por muçulmanos contra judeus.

Fomos direto ao mercado, a variedade é muito legal. Tanto os temperos quanto a quantidade de produtos que vem do leste europeu.

Uma quantidade de peixes preparados, como o arenque salgado, salmão defumado, dentre outros. Confesso que tenho vontade de comprar um de cada. Sou simplesmente fanático por este tipo de culinária.

Depois das compras, fui para casa e pude tomar um banho, trocar de roupa já que havia trazido algo na mala de mão. Tentei contato com a Alitalia em Israel, só por e-mail, Brasil, atendimento somente até as 15hs do Brasil, Itália, não sabiam informar nada.

Fiquei a manhã do dia seguinte tentando contato, sem sucesso algum. Finalmente recebo uma ligação do aeroporto, minha mala havia chegado. Fiquei a manhã plantado em casa, mas recebi tudo.

De tarde fomos à festa de aniversário de um conhecido do Brasil. Na festa encontrei com várias pessoas que já conhecia de lá.

Fomos direto para a festa da Henna (aquela mesma que se usa na tatuagem) que antecipa o casamento. No caminho ligamos o rádio e voltamos a escutar notícias. Um novo atentado tinha acontecido. Mas no final desta edição a rádio tocou Imagine, de John Lennon, que teria completado 75 anos ontem. Foi uma mensagem bonita, já que estávamos a caminho da festa.

A hiná (rina) é uma cerimônia oriental, nels os noivos pintam as mãos, doces são ofertados e uma série de rituais é seguido. A festa foi muito divertida, carregamos os noivos em bancos dourados, havia tronos para eles, música e muita comida. Entre um prato e outro, música. A ordem das coisas é bem diferente do que estamos acostumados.

Voltamos perto de meia-noite. Novamente sintonizamos o rádio e o saldo havia sido de cinco atentados.

Tentei colocar em perspectiva com os problemas que enfrentamos no Brasil, logo pensei no roubo de bicicletas também com facas.

É uma realidade distinta a daqui, mas não é difícil encontrar paralelos.

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