domingo, 4 de outubro de 2015

Roma é incrível!

Quando busco passagens aéreas costumo mudar as datas da viagem até achar um preço que eu estime ser a média. Desta vez com uma restrição de data, tive de comprar o melhor dentro das opções possíveis, mesmo assim paguei o dobro do que tinha achado para outras combinações de saída e chegada.

Chegar ao aeroporto e descobrir que o meu ticket era econômica premium parecia um presente. Foi ótimo saber que receberia algum conforto extra pelo preço exagerado. Poltrona mais confortável, banheiro exclusivo e talheres de metal foram alguns dos itens que compensaram um pouco. Mas não tem como melhorar o jet lag. 

Este é um efeito bem difícil de combater, sobretudo voando nesta direção. Ao desembarcar, não tive problema algum na aduana. Pegar o trem e chegar ao albergue tampouco foi difícil e da estação até o albergue propriamente dito foi bem tranquilo. Porém o albergue tem o check-in somente às três, o que me forçou a explorar a cidade. E que sorte a minha!

Roma é incrível! A cidade trem uma característica bem interessante, construções das mais diferentes épocas convivem lado a lado. As ruas parecem não seguir ordenamento algum e sequer são geométricas. O trânsito pareceu bem confuso com carros transitando por vielas estreitas e os pedestres atravessando a rua desafiando os carros, que os respeitavam.

Ruas estreitas
Por onde passam carros normalmente
E que sempre levam a praças escondidas
O passeio começou com uma igreja, Santa Maria Maggiore, seguida por outra, San Pietro in vincoli. O que me chamou a atenção na primeira igreja foi o tamanho da nave principal, seu teto ornamentado e as colunas laterais. Além disso diversas capelas auxiliares tinham missas acontecendo, algumas com cantoria e outras mais introspectivas.

Teto da igreja Santa Maria Maggiore
A segunda tinha uma estátua incrível de Moisés, que eu acho já ter visto em algum livro. Além de algemas que dão a alguns da igreja. Outra coisa que chamou a minha atenção foi uma representação da morte dentro da igreja, uma caveira com uma foice, algo que não transmite exatamente tranquilidade.

Estátua de Moisés
O ponto seguinte que visitei foi o Coliseu, ou como é seu nome, anfiteatro Flávio. O nome descreve o tipo de construção, ou seja, dois teatros em semicírculo, formando um teatro completo e Flávio faz menção à dinastia Imperial que construiu o monumento. O nome Coliseu é uma referência a uma estátua enorme que Nero mandou erguer com sua própria representação, com mais de 35 metros de altura. Com o tempo a referência a estátua deu nome ao lugar, que na época de Nero sequer era um anfiteatro, mas sim um lago artificial onde batalhas navais eram encenadas.

O Coliseu visto por fora

Visão interior do Coliseu
Do Coliseu fui para o Palatino, que é uma das sete colinas que se encontram em Roma, onde a cidade de fato foi fundada, segundo a lenda, por Romulo e Remo. Na entrada deste complexo ficava o arco do triunfo de Tito. Cada batalha ou conquista importante era marcada por um arco que levava o nome do personagem que tinha conseguido o feito. O arco de Tito marcava a conquista de parte do Oriente Médio, e para nossa tristeza, a destruição do segundo templo de Jerusalém. Pude ver em destaque o espólio esculpido, uma Menorah (candelabro judaico). Os espólios foram utilizados para finalizar a construção do Coliseu, ou seja, uma quantidade enorme de recursos de Roma provinha de roubo e não de produção.

Visão desde o foro ao Coliseu
Depois de passar pelos arcos, visitamos o castelo construído por Domiciano. Uma das paredes mostra o tamanho do castelo, que em algumas partes tinha quatro andares. Passando pelo castelo avistei as ruínas do antigo centro de Roma, com o Senado, o Foro (fórum), a via Sacra, diversos templos. Ou seja, o que era a cidade de fato. Desta parte da cidade ainda visitei ruínas do mercado local.


Foro romano
Segui a rua na direção do monumento a Vittorio Emanuele II, o unificador da Itália moderno ou o reunificador da Itália. Fica à gosto do freguês. O monumento é enrome, imponente, lindo, mas parece que não é muito do gosto dos italianos. Subi ao terraço para ter uma visão panorâmica da cidade. 

Monumento a Vítor Emanuel II
Desci e fui para o Campidoglio. Aqui é uma colina na qual ficava a prefeitura, Capitolini. Passei pela praça e tive acesso a um outro mirante, que via a parte das ruínas da Roma antiga, chegando a alcançar o Coliseu.

Deste ponto fui ao Teatro Marcello, mas só pude vê-lo por fora. Aproveitei que estava no bairro judaico e dei uma volta pelas ruas. Achei uma loja de pimentas e comprei um frasco. Meu próximo hambúrguer vai ter molho chili! As ruas de Roma são para se perder, são tantos detalhes, fontes, construções de diversos tipos. É uma cidade incrível.

Uma loja numa ruazinha qualquer

Para fechar o dia, fui para um bar de cerveja artesanal, Open Baladin. Parafraseando Cesar, posso dizer sobre Roma: Vim, vi e bebi!

PS: ainda não consegui colocar as fotos por erro no blog

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