sexta-feira, 6 de março de 2015

Cierva Cove e Mikkelsen Harbour

Depois do jantar a banda do barco tocou. Por banda do barco eu me refiro à banda formada pelas pessoas que trabalham no barco, todos filipinos. Além do show também foi feito um leilão para arrecadar fundos para a proteção da Águia das Filipinas, conhecida como Águias comedoras de macacos. O nome se deve ao fato de que macacos fazem parte da dieta destas enormes águias.



O show foi bem legal, diversas músicas de rock. Os garçons que ficam no bar, e obviamente já nos conhecem bem, se revezaram como vocalistas. Um fazia diversas piadas, por exemplo, dizendo que sabia onde "morávamos", enunciando nomes e cabines. O outro dançava mais em palco, um verdadeiro showman. Após diversas músicas a banda fez uma pausa para o leilão.



Um dos integrantes do grupo de especialistas da excursão fez uma introdução e começou o leilão de uma camisa do grupo. De cara um australiano cobriu os dois primeiros lances, a mesma pessoa. Neste momento o John entrou na brincadeira e cobriu o lance do australiano. Os dois começaram o duelo, no meio, um americano entrou com um lance maior que logo foi coberto. O americano desistiu do jogo e o John aumentou para 300 dólares o lance. Quando o australiano titubeava em fazer um novo lance, uma romena da plateia interveio e sugeriu que cada um dos dois doasse 200 dólares, assim se arrecadaria mais e ambos teriam sua camisa.

Assim ficou acertado e dois vencedores surgiram desta disputa. Depois de fotos a banda voltou a tocar, uma ou duas músicas depois o John foi chamado ao palco. Ele ficou um pouco reticente mas logo cedeu. Emendou Wonderwall do Oasis e todos no barco cantaram juntos. Foi uma noite incrível. Depois disto mais músicas, trenzinho passando pela varanda de trás, muito rock e cerveja.



Fizemos dois passeios, o primeiro, pela manhã foi uma volta com os botes para avistar animais. Pudemos ver diversas baleias bem de perto. Impressiona o tamanho delas e também como há todo um sistema em torno dela. Há pássaros que ficam por perto, às vezes pousam n'água e por outras vezes pousam nas próprias baleias.

O motivo é simples, elas querem o resto da comida que as baleias deixam escapar. Neste caso uma baleia ensinava ao seu filhote como se alimentar e alguns movimentos foram feitos fora d'água, o que nos permitiu ver o processo. As aves apenas esperavam algo escapar para ir lá comer. A associação com a política no Brasil me pareceu óbvia.

De tarde fomos ao Porto Mikkelsen, mas antes, fizemos um passeio de bote. O nosso piloto foi o Scott, um canadense, que é bem entusiasmado com a Antártica e a vida por aqui. Ficamos durante um bom tempo avistando focas leopardo, que são predadores ferozes, atacando inclusive focas.






Avistamos algumas descansando em Icebergs, mas duas outras nos seguiram durante um bom tempo. Elas acham que as bolhas dos motores são produzidas por pinguins.






Depois de um longo tempo atrás das focas, entre locais onde colônias de pinguins estavam estabelecidas, fomos visitar o local onde desembarcaríamos. Havia uma colônia de pinguins por lá, alguns restos de baleias, majoritariamente ossos antigos, e também os restos de um barco de madeira.





No local também havia um abrigo de emergência. Em alguns lugares que visitamos há estas cabanas que servem como refúgio caso haja problemas. Nesta colônia avistamos alguns filhotes de pinguim, alguns mudando de plumagem e algumas focas.







Data: 16/02/2015

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